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De Verde Em Poupa

O nosso casamento verde

Lifestyle· Receitas & Lifestyle

30 Set

Já muito antes de ficar noiva, sabia que queria que o meu casamento fosse vegetariano. Em primeiro lugar, porque não me fazia sentido que no "nosso dia# houvesse comida que eu não quisesse comer. Fazia-me sentido, sim, mostrar à nossa família e amigos que podemos optar por refeições sem animais mesmo em dias como este, de festa. Quando conversei com o meu (agora) marido sobre isto, a resposta foi imediata - sim, o nosso casamento vai ser vegetariano - apesar de ele não o ser.

Neste post falo do nosso casamento "verde", desde os convites "electrónicos" ao menu vegetariano.

Além de toda a parte da alimentação, quero muito falar-vos de outros aspectos, já que tivemos uma ajuda incrível dos nossos amigos, família e até de pessoas que não conhecemos tão bem mas que se dispuseram a ajudar-nos. Parece que tudo conspirou a nosso favor, incluindo o tempo (que esteve maravilhoso, nada típico de Sintra, e apenas choveu na madrugada do dia seguinte contrariando todas as previsões!). 

1. COMEÇAR PELO PRINCÍPIO: OS CONVITES!

Este ponto é simples. Os convites de casamento foram feitos por mim. Foram enviados por email ou por whatsapp. Ninguém recebeu convites em papel porque, honestamente, não nos fez sentido. Era um gasto desnecessário para nós e para um ambiente. 

2. o meu vestido de casamento

O meu vestido de casamento foi desenhado por mim e feito por uma costureira, já por mim conhecida. Os tecidos foram comprados também por mim, numa loja de tecidos na Parede. Nunca sonhei com vestidos muito elaborados e poder ter desenhado o meu próprio vestido foi especial. É um vestido único, feito por uma costureira portuguesa, com muitos anos de trabalho e já reformada, que aceita poucos trabalhos mas que os faz com tanto amor e carinho. Não podia ter escolhido outra pessoa para esta tarefa. 

3. O BOUQUET comestível!

O bouquet de alcachofra, oferecido pelas minhas madrinhas de casamento e pela minha querida "partner in brunchs" (!) foi feito pela Maria Matos, do 2for1design apoiando, uma vez mais, marcas portuguesas. 

4. o menu vegetariano e buffet

Falámos com a quinta onde decidimos casar, que sabíamos que já tinha feito alguns casamentos vegetarianos, e escolhemos o menu. Idealmente, teria optado por ter um menu 100% vegetal. Mas o matrimónio é feito de cedências, de ajustes e adaptações! Então, o nosso casamento não foi vegetariano estrito mas sim ovo-lacto-vegetariano. Chegámos a este consenso, os dois. Houve pratos 100% vegetais mas a única sobremesa vegan foi o nosso bolo de casamento. Houve também um queijo especial na mesa dos noivos, o semicurado de caju. Mas também existiu queijo normal no momento das entradas. 

É importante ser transparente e, para mim, já foi muito importante conseguir  seguir com a minha palavra apesar de tantas pessoas próximas a dizerem-me o mesmo –“nem vai haver peixe?!”, “achas que a pessoa X vai gostar?!” , “achas que a pessoa Y vai comer?!”. Oh bolas. Se não comerem, não sabem o que perdem - foi sempre o meu pensamento. E, no final, os comentários foram todos positivos. E quem resiste a um tofu com broa? Ou a rattatouile? Ou a crepes primavera? Ou a um caldo verde com chouriço vegan para ceia? Nós ficámos felizes por poder proporcionar um casamento diferente do habitual, e os convidados ficaram felizes, também, por terem provado alimentos novos e recebemos muito bons feedbacks. De todos.

Na altura de escolher o menu, foi-nos proposto que fosse buffet. Estava um bocadinho reticente porque o que eu gostava mesmo era de ter alguns pratos gourmet, vegetarianos, a serem servidos às mesas (como nos casamentos tradicionais). Mas rapidamente percebi que não era necessário e até era capaz de resultar melhor nesta modalidade, principalmente para pessoas que não estão tão habituadas a fazer refeições vegetarianas e que assim poderiam ter mais opções de escolha. Mais descontraída, cada pessoa podia comer exactamente o que queria, escolher, ver os pratos lindos que tínhamos na mesa de buffet e deliciar-se. Por isso, até fui fácil de convencer. 

5. o bolo vegan 

O nosso bolo de casamento (assim como o queijo semicurado de caju que vos falei em cima), foram feitos pela Maria e Rui dos Kitchen Dates.

6. Nada de arroz! só pétalas e alecrim do jardim dos meus pais

 Não queríamos que nos atirassem arroz depois da cerimónia. Optámos por ter pétalas e raminhos de alecrim, apanhados em casa dos meus pais, para que os convidados nos atirassem depois de já termos dito "sim" para toda a vida.

7. a decoração das mesas, pelo meu irmão

Quisémos ser criativos neste dia. Fazer algumas coisas diferentes do habitual, embora nada de muito drástico!

Não queríamos que as mesas fossem apenas números sem significado. Queríamos que olhassem para lá e nos vissem a nós, a nossa personalidade. Então, pedimos ajuda ao meu irmão e reunimos 13 mesas em números que nos fizessem sentido e fizemos algumas brincadeiras com a situação. Os desenhos foram todos feitos à mão pelo meu irmão (assim como os menus) e não podiam ter sido mais personalizados. A Susana, do projecto Feliz é Quem Diz, emprestou-nos as placas de madeira para colocar o nome das mesas. 

8. a decoração do exterior, pelos nossos amigos

A quinta ficou ainda mais bonita com a ajuda dos nossos amigos. 

A Mariana, da Sintra Aromas, fez-nos uma placa em madeira com as direcções, com madeira aproveitada da sua quinta. 

O marido da Sara, a minha "partner in brunchs", emprestou-nos fardos de palha para utilizarmos na cerimónia civil. 

9. As lembranças para a família e amigos

Sabemos que não é obrigatório e muitos dos casamentos que fomos não têm lembraças para os convidados. No entanto, sempre nos fez sentido oferecer uma lembrança às pessoas que estiveram presentes neste dia tão especial para nós e o tornaram possível. 

A Sara fez uma granola deliciosa, caseira, sem açúcares refinados. A Eunice, da Maria Granel, ofereceu-nos os saquinhos de papel para a colocar. E nós oferecemos aos convidados, com uma mensagem personalizada e raminhos de melaleuca apanhados no jardim dos meus pais. Simples assim. 

10. GUARDAR AS SOBRAS EM CAIXINHAS

Sabemos que estes dias são sempre dispendiosos e há muita coisa que não é aproveitada. Nós trouxemos a comida que sobrou do nosso casamento, pusémos em caixinhas e partilhámos com a nossa familia. A primeira refeição já casados, foi com os nossos irmãos, cunhados, sogros e pais em que aproveitámos para devorar tudo o que não tinhamos provado no dia.

Como não agradecer?

Foi um dia em cheio. Percebo o que dizem de o dia passar muito rápido. Com um bebé, na altura de 11 meses acabadinhos de fazer, parece que passa ainda mais e a logística torna-se mais desafiante. O Lourenço não apareceu em muitas das fotografias do casamento por já estar rabugento de sono. Foram muitos colos para um dia só! Não teve maminha para adormecer por opção minha(que quis beber uma caipirinha sem culpas). Foi um dia feliz, em que nos fizeram tantas surpresas. Foi um dia com que sempre sonhei, não por querer ser o centro das atenções, mas por ter toda a nossa família e amigos a celebrar o nosso amor. É tão bonito. Foi tão bonito. Vou recordar este dia para sempre e lembrar-me (também) dos pratos deliciosos que servimos. Da granola que oferecemos. Das novas experiências que proporcionámos. De termos, certamente, posto mais pessoas a pensar as suas refeições e comportamentos.

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Comments

  1. hgf says

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    Março 10, 2020 at 4:27 pm

    Sou uma noiva, à procura de ideias e alternativas para casamento e gostei muito das ideias e testemunho desta página. Obrigada.

Fotografar simplicidade e felicidade.
Cozinhar para família e amigos.
Cuidar. Partilhar pequenos detalhes.
Mostrar como é fácil ser vegetariana e alimentar-me sem crueldade.
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